REJEITADOS PELA VERDADE
Jesus de Nazaré • Sermon • Submitted
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· 15 viewsA rejeição prevista dos discípulos e o exemplo da rejeição de João Batista
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Sermon Tone Analysis
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Social
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Pode o povo de Deus passar por rejeição?
Curiosamente, a conversão a Cristo deveria tornar uma pessoa alguém bem visto e bem quisto pela sociedade.
A entrega da vida a Jesus deveria gerar uma sociedade onde novos convertidos fossem bem-vindos, visto não possuírem vícios, não ofenderem o próximo, não serem uma ameaça a ninguém.
Mas, curiosamente, tornar-se um cristão tem sido sinônimo de tornar-se alguém mal visto pela sociedade. E não somente mal visto, mas em alguns países, alguém cuja vida constitui-se um perigo.
Na última semana, vimos em como Jesus foi rejeitado pelos seus familiares e por aqueles que o conheceram quando criança e adolescente em Nazaré.
Hoje, veremos mais dois exemplos de rejeição apresentados por Marcos.
O primeiro exemplo é o dos discípulos, enviados para viagens em missão.
O segundo, o exemplo de João Batista, o qual foi rejeitado até ter sua cabeça cortada.
PREPARANDO-SE PARA A REJEIÇÃO
PREPARANDO-SE PARA A REJEIÇÃO
Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro;que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas.E recomendou-lhes: Quando entrardes nalguma casa, permanecei aí até vos retirardes do lugar.Se nalgum lugar não vos receberem nem vos ouvirem, ao sairdes dali, sacudi o pó dos pés, em testemunho contra eles.Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse;expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo.
Mc6.7-13
Veja alguns verbos de Jesus neste texto:
Chamou;
Enviou;
Deu autoridade;
Ordenou que nada levassem;
Recomendou.
Dos versos 7 a 10, vemos o modus operandi de Jesus.
Àqueles a quem Jesus chama, ele envia. A obra é dele, logo não somos nós quem decidimos se vamos ou não.
Não temos autoridade sobre a obra que é de Jesus. A obra da redenção é de Jesus.
Portanto, neste texto vemos que o próprio Jesus chamou (algo parecido com a escalação da seleção brasileira de futebol), Jesus escalou os doze, e os enviou de dois em dois.
Jesus tinha uma estratégia. Mas, a eficiência da obra não está na estratégia, mas na autoridade daquele que envia.
Estratégias são boas pois evitam a desorganização, que traz vergonha ao Evangelho.
Mas o sucesso da missão não está na organização, mas, repito, na pessoa daquele que primeiramente chamou para depois enviar.
Assim, nossa comunhão com Jesus é fundamental para o sucesso da evangelização.
Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.
No final deste verso vemos qual é o maior problema de quem se dispõe a servir Jesus em seu trabalho, em sua escola, ou em sua família (ou em outro país). Nosso maior inimigo é o Diabo.
Os espírito imundos são os agentes infiltrados entre os homens cegando-os para o Evangelho.
São estes espíritos imundos que roubarão a semente que você plantar.
Sua maior luta não é contra a incapacidade humana de se converter, mas contra estes espíritos que lutam diuturnamente contra o Reino da graça de Deus.
Jesus chama a atenção deles para o fato de que ele mesmo, Jesus, estaria com eles protegendo-os nas batalhas espirituais.
"É importante que saibamos que o reino de Deus não está entrando em um vácuo de poder" (Adolf Pohl). Há um "autoridade sobre as pessoas deste mundo perdido, e estas autoridade dominam o "espaço aéreo" sobre a vida das pessoas.
É interessante perceber o quanto Marcos destaca várias vezes a expulsão dos demônios.
Após estas palavras, Jesus ordena que nesta primeira viagem eles não levassem quase nada pelo caminho. Eles deveriam apresentar-se em simplicidade (e segurança, pois andar naquela região sem dinheiro e sem nada disso garantiria aos discípulos que eles não fossem assaltados pelo caminho).
As recomendações dos versos 8, 9 e 10 têm a intenção de proteger os discípulos, de lhes dar segurança durante a viagem.
No verso 10, Jesus trata de boa educação. Ou seja, seja qual for a casa que forem recebidos, não procurem por algo melhor. Deem bom testemunho. "Tenham educação".
Já no verso 11, a rejeição lhes é assegurada. Porém, diante da rejeição, eles não deveriam se entristecer, mas deveriam procurar outros lugares, outras pessoas, para continuar a pregar o Evangelho.
Os versos 12 e 13 nos contam como eles saíram e fizeram tudo que Jesus lhes mandou fazer.
Antes de falar do retorno dos discípulos, Marcos nos conta outra história de rejeição.
REJEITADO PELA VERDADE
REJEITADO PELA VERDADE
A partir do verso 14, Marcos nos conta de outra história de rejeição.
Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório; e alguns diziam João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.Outros diziam É Elias; ainda outros É profeta como um dos profetas.Herodes, porém, ouvindo isto, disse É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu.
Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório; e alguns diziam João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.
Mc6.14-
Aqui está um breve resumo do que aconteceu, e que Marcos nos contará em detalhes nos próximos versos.
Quando os discípulos pregavam, a fama do nome e do poder de Jesus crescia por todas as regiões da Galileia, onde Herodes era governador.
A notícia chegou aos ouvidos dele. Então, ele pensou na possibilidade de uma ressurreição ter acontecido. Mas, quem teria ressuscitado? João Batista? Elias? Algum outro profeta?
O poder que estava com os discípulos (e o que era operado por meio deles) era tão grande que Herodes e os demais cidadão da Galileia acharam que eles estavam voltando ao tempo dos grandes profetas.
Então, Marcos começa a falar de João Batista.
Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere.Pois João lhe dizia Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.E Herodias o odiava, querendo matá-lo, e não podia.Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo, e o tinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, escutando-o de boa mente.E, chegando um dia favorável, em que Herodes no seu aniversário natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galiléia,entrou a filha de Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convivas. Então, disse o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.E jurou-lhe: Se pedires mesmo que seja a metade do meu reino, eu ta darei.Saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei Esta respondeu: A cabeça de João Batista.No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei disse: Quero que, sem demora, me dês num prato a cabeça de João Batista.Entristeceu-se profundamente o rei; mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar.E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no cárcere,e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a sua mãe.Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram-lhe o corpo e o depositaram no túmulo.
Mc6.17-
Toda esta história se resume a uma frase: "Quem decide viver pela verdade, deve esperar a rejeição não só da verdade, mas de sua própria vida."
João morreu não porque ele foi um bisbilhoteiro, mas porque decidiu pregar a verdade sobre um assunto que, à época, deveria ficar silenciado.
João, para as pessoas da época, não deveria ter falado da vida e pecado que envolvia Herodes. Ele não deveria falar de adultério. Não deveria falar de traição. Mas João não viveu para si mesmo ou para os outros, João quis viver para Deus e, por isso, acabou morto.
Abraçar a verdade acabou resultando em rejeição diante dos homens. No entanto, abraçar a verdade acabou tornando João um grande homem aos olhos de Deus.
Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele.
Jesus diz que João foi a pessoa mais importante que viveu até aquele momento, em toda a história.
Com a morte de João, fica claro para nós que o ponto de Marcos é nos mostrar que não devemos esperar sempre aceitação. Nossa fé nos levará, algumas vezes, a sermos rejeitados, e até mesmo assassinados.
Os discípulos voltaram para Jesus e não foram assassinados. João não teve o mesmo fim.
Com uns será de um jeito, com outros de outro.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
O que todos devemos esperar é que encontraremos rejeição e que esta rejeição não deve nos assustar.
Devemos, antes de tudo, abraçar a verdade de que a humanidade está a caminho do inferno e que somente a fé no sacrifício de Jesus por nós e o arrependimento de nossos pecados poderá nos salvar dessa condenação eterna.
Se não recebermos a Jesus e esta verdade em nossos corações, jamais seremos salvos e jamais a humanidade será salva.
Por isso, devemos temer a Deus antes de tudo e antes de todos. Como Jesus disse:
Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
O medo de ser rejeitado às vezes nos faz temer mais aos homens do que a Deus. É quando os homens se tornam grande e Deus pequeno.
As palavras de Jesus também foram:
Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mt10.
Rejeitarmos a Jesus nos fará alguém aceito pelo mundo todo.
Aceitarmos a Jesus nos fará sermos rejeitados em certos lugares.
Com isso em mente, devemos nos auto-examinar e colocar nossas vidas diante de Deus em oração e exame. Estamos vivendo como? Estamos temendo a quem?
Que a nossa oração seja pedindo por forças para sermos como os discípulos e como João Batista, corajosos até o fim, não temendo as consequências de nossa decisão por Deus.
Que o nosso viver seja Cristo e para Cristo. E, caso venhamos a perder coisas, e até mesmo a nossa vida, que consideremos isso um lucro, como escreveu Paulo:
Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.