O julgamento do mundo no julgamento de Jesus (João 18.39-19.16)
Notes
Transcript
Sermon Tone Analysis
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Emotion
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Language
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Social
INTRODUÇÃO
É importante entendermos que aqui não está ocorrendo apenas um julgamento, mas dois - Sim, Pilatos está executando o julgamento romano acerca das acusações contra Jesus. Mas Deus está executando o julgamento do mundo. Deus está julgando o mundo através do julgamento de Jesus.
Há um juízo injusto e um juiz injusto.
Por outro lado, há um juízo justo e um Juiz justo. Vamos percorrer no texto acerca desses dois julgamentos.
O JULGAMENTO DOS HOMENS. OU: O JULGAMENTO INJUSTO.
O julgamento injusto é marcado por:
1. Um rito errado. Sabemos que o julgamento do Sinédrio [religioso] foi ilegal: eles poderiam até julgar sobre blasfêmia, mas não de madrugada e sem direito a ampla defesa e contraditório. Mas o julgamento civil do Estado Romano também se deu de forma ilegal: motivação controversa [conspiração Jo 18.28]; Sem testemunhas de defesa;
2. Acusações falsas [Jo 18.38; Jo 19.4,6]
3. O julgamento de alguém que deveria ter sido solto (Jo 18.38c; Jo 19.4,6,12);
4. Açoitamento anterior à condenação [fustigatio] - uma tentativa de meia-condenação (Lc 23.22). Mas acabou sofrendo outra que era aplicada a condenados a morte [verberatio] (Mc 15.15).
5. Pela escolha perversa de um rebelde e assassino (Mc 15.7; Lc 23.19) no lugar de um homem cujas acusações eram infundadas.
Aplicações:
• Como Pilatos, você pode ver a verdade e não se agarrar a ela.
• Aqueles que buscam métodos infiéis de servir a Deus caem em idolatria. Os homens, pensando estar prestando um serviço a Deus (Jo 16.2), entregaram Jesus a morte - e, ao mesmo tempo, se renderam a César e o adoraram - cometendo blasfêmia [Jz 8.23; 1Sm 8.7] (Jo 19.12,15).
O JULGAMENTO DIVINO
1. (At 3.11-26; At 4.27-28); Jo 19.10,11) Enquanto a mão de iníquos preparava morte do Filho de Deus de forma injusta, a mão de Deus preparava o cordeiro que seria a propiciação e expiação de nossos pecados (Rm 3.21-26) - no julgamento de Jesus nós [e nossos pecados] estávamos sendo julgados, sendo Deus justo e justificador!
2. Jesus foi espancado e sarcasticamente apresentado aos homens como rei: "Eis o homem" - uma ironia com a majestade de Jesus e com o temor dos judeus ["é esse homem que vocês temem? Ele não parece tão perigoso"]. Mas naquele homem Deus estava consigo mesmo reconciliando o mundo (Cl 1.19-23)!
3. Por fim, algo que não pode passar batido nesse julgamento, não aos olhos do mundo, mas aos olhos do Evangelho: Jesus morreu "no lugar" de Barrabás. Jesus morreu no lugar dos piores pecadores, dos quais eu seu o primeiro (1Tm 1.15). O cristianismo é "Jesus morreu no meu lugar" (2Co 5.21; Rm 5.8). Os homens escolhem Barrabás por injustiça - Deus escolhe Jesus no lugar de homens e mulheres que deveriam ser crucificados por seus pecados (1Pe 3.18).
Aplicações:
• Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e a sua culpa é nossa inocência, e sua morte retira de nós a ira justa de Deus sobre nossos pecados.
• Is 53 demonstra um homem cuja aparência não nos era atraente - mas o Servo Sofredor foi por meio de quem Deus estava reconciliando o mundo - Cristo é beleza e salvação para os crentes!
• A morte de Jesus é substitutiva - e possui um aspecto dramático em que homens perversos são libertados por meio de sua morte. Entre estes estamos nós, os que cremos!
Soli Deo Gloria