O livro de Ezequiel (4)

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Ezekiel 47:3–5 NAA
3 O homem saiu para o leste, tendo na mão um cordel de medir. Mediu quinhentos metros e me fez passar pela água, que me dava pelos tornozelos. 4 Mediu mais quinhentos metros e me fez passar pela água, que me dava pelos joelhos. Mediu mais quinhentos metros e me fez passar pela água, que agora me dava pela cintura. 5 Mediu ainda outros quinhentos metros, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido. Eram águas em que se podia nadar, um rio pelo qual não se podia passar andando.

CAPÍTULO 40 - 48 : Restauração do Templo

Estes nove capítulos formam a divisão final do livro. O tema principal é a restauração do templo e de seu culto, que atingirá uma glória muito grande
Primeiramente Ezequiel mencionou os pecados que provocaram a queda de Judá (caps. 1-24), e anunciou a humilhação de seus vizinhos hostis (caps. 25-32). Então ele descreveu a gloriosa restauração do seu povo à sua terra (caps. 33-39), sua regeneração (36.22-32) e a habitação do Senhor no seu meio para sempre (37.26-28). Como um profeta prático, sob a orientação divina, a próxima preocupação do profeta era dar atenção à organização da vida religiosa na comunidade restaurada (caps. 40-48).
A visão de Ezequiel da comunidade restaurada abrange um novo Templo, ao qual a glória do Senhor retorna (caps. 40-43), um novo culto de adoração, com um ministério e sistema sacrificial ideais (caps. 44-46) e uma nova terra santa redividida entre as tribos sobre novos princípios (caps. 47,48).
Os últimos nove capítulos de Ezequiel apresentam cinco explicações
I – Alguns creem que esses capítulos descrevem o Templo de Salomão antes de sua destruição em 586 A.C. Isso não é possível por não haver concordância nos detalhes com os relatos nos livros de Reis e Crônicas.
II – Alguns consideram que e uma descrição do Templo restaurado, obra que foi concluída no século 6º a.C. Essa posição tambem é insustentável, porque as descrições não correspondem.
III – Outros defendem que os caps. Descrevem somente um Templo ideal. Essa posição não explica por que a descrição e apresentada nem por que há tantos detalhes.
IV – Outro ponto de vista explica que e uma figura da Igreja e suas benção nesta área. Esse ponto de vista não explica o simbolismo nem tampouco porque grandes aéreas da doutrina crista são omitidas.
V – A interpretação preferível e que Ezequiel da uma descrição do Templo do Milênio. A julgar pelo amplo contexto da profecia (o período subsequente ao reajuntamento e conversão de Israel) e o testemunho de outras passagens da Escritura (Is 66; Ez 6; 14), essa interpretação está de acordo com o programa profético de Deus para o milênio. O que está em consideração aqui não é a Igreja, pois se trata de uma profecia da consumação da história terrena de Israel.
Ezekiel 40:2 NAA
2 Em visões, Deus me levou à terra de Israel e me pôs sobre um monte muito alto, sobre o qual havia uma estrutura de cidade, para o lado sul.
Ezequiel, como um novo Moisés… , recebe uma visão do “modelo” do novo templo. O profeta vê: (1) características exteriores do complexo do templo (40.5-27), (2)características interiores (40.28-46) e (3)as dimensões do espaço sagrado (40.27-42.20). Então Ezequiel visualiza o retorno do Senhor ao templo (43.1-9) e recebe a ordem de descrever o modelo para o povo de Israel (43.10, 11).

CAPÍTULO 40

Neste capítulo temos:
I - Um relato geral desta visão do templo e da cidade, (vs. 1-4).
II - A apresentação de um relato específico.
E uma descrição: a) Do muro exterior, (vs. 5), b) Da porta oriental, (vs. 6-19), c) Da porta do norte, (vs. 20-23), d) Da porta do sul e das câmaras e outros apêndices pertencentes a estas portas (vs. 24-31), e) Do átrio interior, tanto para o oriente como para o sul, (vs. 32-38), f)Das mesas, (vs. 39-43), g) Das câmaras dos cantores e dos sacerdotes, (vs. 44-47), h) Do vestíbulo da casa, (vs. 48,49).

CAPÍTULO 41

No final do capítulo anterior foi dada uma descrição do vestíbulo da casa. Isto nos leva para o próprio templo, cuja descrição cria muita dificuldade para os expositores críticos e ocasiona diferenças entre eles. Observemos: I. As dimensões da casa, os seus pilares (vs. 1), a entrada (vs. 2), a parede e as câmaras laterais (vs. 5,6), os fundamentos e as paredes das câmaras, suas portas (vs. 8-11), e a casa em si, (vs. 13). II. As dimensões do santuário ou a Santidade das Santidades, (vs. 3,4). III. Uma descrição de outro edifício que estava diante do lugar separado, (vs. 12-15). IV A aparência do edifício da casa, w. 7,16,17. V. Os ornamentos da casa, (vs. 18-20). VI. O altar do incenso e a mesa, (vs. 22). VII. As portas entre o templo e o santuário, (vs. 23-26).

CAPÍTULO 42

Este capítulo continua e conclui a descrição e a medição deste templo místico cuja arquitetura específica é muito difícil de entender. E, mais ainda difícil de compreender o significado místico. Aqui está: I. Uma descrição das câmaras que estavam ao redor dos átrios, sua localização e estrutura (vs. 1-13) e os usos para o qual elas foram criadas, (vs. 13,14). II. Um levantamento de toda a extensão do terreno onde estava a casa e os átrios pertencentes a ela, (vs. 15-20).

CAPÍTULO 43

Primeiramente, a glória de Deus retirou-se do lugar santíssimo, e colocou-se à entrada do templo: Ezequiel 10:4 “Então se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim indo para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor.” Em seguida, retirou-se do templo e repousou sobre o carro-trono dos querubins Ezequiel 10:18 “Então saiu a glória do Senhor de sobre a entrada da casa, e parou sobre os querubins.” Os querubins conduziram a glória de Deus até à porta oriental do templo Ezequiel 10:19 “E os querubins alçaram as suas asas, e se elevaram da terra aos meus olhos, quando saíram; e as rodas os acompanhavam; e cada um parou à entrada da porta oriental da casa do Senhor; e a glória do Deus de Israel estava em cima, sobre eles.” Então ela retirou-se totalmente da área do Templo. Por fim, a glória divina deixou a cidade de Jerusalém e pousou sobre o monte das Oliveiras. Ezequiel 11.23 E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade; e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade”. A glória de Deus retirou-se do templo por causa do pecado e idolatria do povo. Deus retirou-se da sua casa de modo relutante e aos poucos, mas por causa da sua santidade, Ele teria de separar-se da idolatria do templo.
Assim, agora, volta da mesma direção para rededicar e purificar o templo com Sua presença. O evento foi poderoso como o trovão ou o som de muitas águas (vs. 2) A terra, refletindo a glória do Senhor, iluminou-se gloriosamente (vs. 2). O profeta vê que a glória vinha do caminho do oriente. Essa manifestação da presença de Deus entrou no templo pelo caminho da porta (vs. 4) “que dava para o lado leste”. A glória de Deus, tão perceptível, não será misturada com nenhum tipo de profanação, porque a glória está intimamente ligada à santidade de Deus.
Neste capítulo temos:
I. A glória de Deus enchendo este templo, tomando assim posse dele, (vs. 1-6).
II. Uma promessa da continuidade da presença de Deus com o Seu povo sob a condição de, no retorno deles, continuarem no caminho instituído da adoração, e abandonarem os ídolos e a idolatria, (vs. 7-12).
III. Uma descrição do altar dos holocaustos, (vs. 13-17).
IVInstruções para a consagração deste altar, (vs. 18-27).

CAPÍTULO 44

Neste capítulo temos: I. A atribuição da porta oriental do templo para o príncipe, (vs. 1-3). II. Uma reprovação à casa de Israel pelas suas antigas profanações do santuário de Deus, com uma ordem para serem mais cuidadosos no futuro, (vs. 4-9). III. A degradação dos levitas que tinham sido anteriormente culpados de idolatria e o estabelecimento do sacerdócio na família de Zadoque, que haviam mantido a sua integridade, (vs . 10-16). IV. Diversas leis e ordenanças relativas aos sacerdotes, (vs. 17-31).
No versículo 15, os sacerdotes levíticos, os filhos de Zadoque, eram descendentes de Zadoque, um contemporâneo de Davi e Salomão (II Sm. 8.17; 15.24-29; 20.25; I Reis 2.27, 35) e Arão através de Eleazar (I Cr. 6.50-53).
Os outros levitas não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio (44.13). Em vez disso, eles serão serventes: guardas da ordenança da casa, em todo o seu serviço (44.14). Esse era o castigo pelas suas abominações (44.13). A escolha dos filhos de Zadoque era porque guardaram a ordenança do [...] santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim (44.15). Deus tem maneiras de lembrar a fidelidade!

CAPÍTULO 45

Neste capítulo é apresentado ao profeta, em visão: I - A repartição da terra santa para o templo e os profetas que realizavam o serviço nele (vs. 1-4) para os levitas (vs. 5), para a cidade (vs. 6), para o príncipe, e o resto do povo, mas essa divisão da terra não foi usada em nenhum tempo antes de Ezequiel, nem depois dele. Como muitas das visões que o profeta observa, isso tem um cumprimento espiritual no reino eterno de Deus (vs. 7-8). II - As ordenanças de justiça que foram dadas ao príncipe e ao povo, (vs. 9-12), III - As ofertas de manjares que eles deveriam oferecer e a parte do príncipe nestas ofertas de manjares, (vs. 13-1), Particularmente, no início do ano (vs. 18-20) e na páscoa e a festa dos tabernáculos, (vs. 21-25).

CAPÍTULO 46

Neste capítulo temos: I. Algumas práticas adicionais ordenadas tanto aos sacerdotes quanto ao povo, com relação à sua adoração, (vs1-15.) II. Uma lei com respeito à disposição da herança do príncipe, (vs. 16-18). III. A descrição dos lugares estipulados para o cozimento dos sacrifícios e das ofertas de manjares, (vs. 19-24).

CAPÍTULO 47

Neste capítulo, temos: I. A visão das águas sagradas, sua nascente, extensão, profundidade e virtude curativa, a abundância de peixes em seu interior e uma descrição das árvores crescendo em suas margens, (vs. 1-12). II. Uma definição dos limites da terra de Canaã, que deveria ser dividida por sortes entre as tribos de Israel e os estrangeiros que permaneceram entre eles, (vs. 13-23).
A repartição da terra que começou a ser descrita em 45.1-8 continua em 47.13— 48.35. Mas aqui encontramos um interlúdio poético acerca de águas refrescantes para as nações. O rio deságua no mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8,9). O propósito do rio é comunicar vida abundante, da parte de Deus, à terra e aos seus habitantes, Zc 14.8 “Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto.” Elas vinham de debaixo do umbral da casa (Templo), para o oriente (1); essa água da redenção vinha de baixo, da banda do sul do altar. Em sua visão, Ezequiel foi levado para observar a corrente de água fluindo através do Templo. Visto que a água estava fluindo do lado sul, o profeta foi levado para fora pelo caminho da porta do norte [...] até a porta exterior (2), e então para o leste, seguindo a correnteza das águas. O rio se toma cada vez mais largo, mas sem que afluentes despejassem suas águas nesse rio — algo evidentemente milagroso. O guia angelical faz o profeta testar a profundidade do rio num intervalo de mil côvados (cerca de quinhentos metros) à medida que o rio deixa o Templo e vai em direção ao topo do monte Sião. Na primeira vez, as águas batiam nos tornozelos (3), depois davam pelos joelhos (4), em seguida na altura dos lombos; e, finalmente, as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar (5). A visão nos faz lembrar da redenção. Havia uma grande abundância de árvores [...] de uma e de outra banda (7), sugerindo a árvore da vida descrita no jardim de Adão; e toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá (9).

CAPITULO 48

Neste capítulo temos instruções específicas dadas quanto à distribuição da terra, da qual tivemos as medições e fronteiras especificadas no capítulo anterior. I. As porções das doze tribos, sete ao norte do santuário (vs. 1-7) e cinco ao sul, (vs. 23-29). II. A destinação da terra para o santuário e os sacerdotes (vs. 8-11) para os levitas (vs. 12-14), para a cidade (vs. 15-20) e para o príncipe (vs. 21,22). III. Um plano da cidade, seus portões e o novo nome que lhe é dado (w. 30-35), o que sela e conclui a visão e a profecia deste livro.
Ezekiel 48:35 NAA
35 O contorno será de nove quilômetros. E o nome da cidade desde aquele dia será: “O Senhor Está Ali”.
O Senhor está ali hb. Yahveh Shammah, Jeova Sama. O livro de Ezequiel termina com a grande promessa de que, um dia, Deus habitará eternamente com seu povo. O que e dito e o seu significado literal, porque o Messias estará ali reinando visível e eternamente em Israel. Este também será um dos novos nomes para a Jerusalém terrestre.

CONCLUSÃO

O livro de Ezequiel frisa que Deus é santo. Revela que a santificação do nome de Deus é mais importante que qualquer outra coisa. “‘Hei de santificar meu grande nome . . . e as nações terão de saber que eu sou o SENHOR’, é a pronunciação do Soberano Senhor Deus.” Segundo mostra a profecia, ele santificará o seu nome destruindo a todos os profanadores desse nome, incluindo Gogue de Magogue. São prudentes todos aqueles que agora santificam a Deus na sua vida, cumprindo seus requisitos para a adoração aceitável. Estes encontrarão cura e vida eterna no rio que emana de seu templo. Transcendente na glória e encantadora na beleza é a cidade que é chamada “O Próprio Deus Está Ali”!

BIBLIOGRAFIA

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SCOFIELD, Cyrus Ingerson, Bíblia de Estudo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 5ª edição, 2014
ROCHA, Aldery Nelson, Santa Bíblia, versão di Nelson, Sociedade Bíblico do Verso, 1ª Edição, 2013
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ALMEIDA, Abraão de, Israel, Gogue e o Anticristo, CPAD, 16ª Impressao 2012
Pr. Fábio Felipe
Hollywood, FL Agosto de 2022
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