2. **Efésios 1:4** - A doutrina da Eleição

A nova vida em Cristo  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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A Doutrina da Eleição

Definição da doutrina da eleição
“A eleição em si mesma é secreta. É um propósito tão profundo e oculto que, diante dele, somente podemos nos maravilhar. Apesar disso, Deus nos revela, na medida em que é necessário para nosso benefício e salvação.”
Vejamos a definição clássica formulada no Sínodo de Dort (1618–1619):
Eleição é o imutável propósito de Deus, pelo qual ele, antes da fundação do mundo, escolheu um número grande e definido de pessoas para a salvação, por graça pura. Estas são escolhidas de acordo com o soberano bom propósito de sua vontade, dentre todo o gênero humano, decaído, por sua própria culpa, de sua integridade original para o pecado e a perdição. Os eleitos não são melhores ou mais dignos que os outros, mas envolvidos na mesma miséria.
Podemos dizer que a eleição é o ato eterno de Deus, por meio do qual ele decretou – livre, soberana e misericordiosamente – salvar em Cristo Jesus um determinado número de pessoas dentre toda a raça humana voluntariamente caída, aplicando, no decorrer da história, a sua graça redentora, capacitando-as, pelo Espírito Santo, a responderem com fé à mensagem redentiva de Cristo, sendo preservadas assim até o fim.

Considerações gramaticais

O verbo usado por Paulo para a escolha divina é eklegomai (ἐκλέγομαι) (escolher, eleger, selecionar) e os seus correlatos têm o mesmo sentido de כׇּהֲר (“Bãhar”) do Antigo Testamento, envolvendo a ideia de uma escolha criteriosa.
Paulo fala de uma operação feita e consumada na eternidade (Ef 1.4).

Sua origem e fundamento (Ef 1.3–4)

O decreto da eleição é obra da Trindade; todavia, a Bíblia atribui mais propriamente ao Pai este ato soberano (Jo 6.37,39, 44–45, 64–65; 17.6,9; Ef 1.3–4).
Podemos dizer que a Eleição é um ato eterno da Santíssima Trindade, sendo efetivado mais especificamente pelo Pai como representante do Conselho Trinitário (Ef 1.11).
No entanto, não devemos perder de vista o fato de que a Trindade está comprometida com a salvação de todos os eleitos.
O Deus Trino é o autor e o executor da nossa salvação; do princípio ao fim, a salvação é obra de Deus (Fp 1.6).
O que já dissemos aqui, o Pai decretou, o filho consumou e o Espírito aplicou a nós as benção eternas de Deus.
A obra do Espírito torna efetivo em nós aquilo que Cristo realizou definitivamente por nós.
Podemos afirmar que, sem as operações do Espírito, o ministério sacrificial de Cristo não teria valor objetivo para os homens, visto que os méritos redentores e salvadores de Cristo não seriam comunicados e aplicados aos pecadores.
Quero refletir sobre alguns pontos desta maravilhosa doutrina.
A eleição é em Cristo;
A eleição é pessoal e objetiva;
A eleição é um ato da vontade livre e soberana de Deus;
A eleição é eterna e imutável;
A eleição é graciosa e incondicional.

1) A eleição é em Cristo (Ef 1.4–7)

Ephesians 1:4–7 NVI
4 Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. 5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 6 para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. 7 Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus,
“Para resumir, depois de Paulo haver mostrado que não podíamos trazer coisa alguma a Deus, mas que este atuou de antemão por sua livre graça elegendo-nos antes da criação do mundo.
Ele acrescenta uma prova ainda mais concreta, que ele o fez em nosso Senhor Jesus Cristo, o qual é, por assim dizer, o verdadeiro registrador e garantidor dos seus decretos eternos”, expõe Calvino.
Aqui temos a essência da vida cristã: tudo que temos e somos está relacionado à nossa união com Cristo.
“Em primeiro lugar, devemo-nos lembrar de que a obra da redenção de Cristo de nada nos aproveita enquanto não estivermos unidos a ele, enquanto ele não estiver em nós”.
É necessário que Cristo habite em nós para que compartilhe conosco o que recebeu do Pai. Ele conclui: “O Espírito Santo é o elo pelo qual Cristo nos vincula efetivamente a si”. Em outro lugar, declara: “Sabemos que nosso bem, nossa alegria e repouso é estar unido ao Filho de Deus”.
De fato, é impossível falar de qualquer bênção da vida cristã sem que tenhamos em mente que estamos unidos a Cristo.
Aliás, a vida cristã é, em essência, estar em Cristo; nele somos o que somos, encontrando no seu Espírito, que em nós habita, a nossa identificação de filhos de Deus (Rm 8.9,14,16).
A salvação está profundamente associada ao fato de estarmos em Cristo. A nossa união existencial com Cristo é vital, transformadora, pessoal e espiritual.
A eleição em Cristo nos liga a ele de forma indissolúvel; nosso consolo e alegria é que estamos definitivamente ligados a Cristo.
Por isso, tudo o que temos e somos é em Cristo (Ef 1.3,7; Rm 8.1). Não há benefício salvador a ser aplicado fora dele.
Herman Bavinck (1854–1921), de forma poética, diz:
Os crentes estão em Cristo da mesma forma que todas as coisas, em virtude da criação e da providência, estão em Deus. (…) Juntamente com Cristo, os crentes foram crucificados, mortos e sepultados, e juntamente com ele ressuscitaram e estão assentados à mão direita de Deus e glorificados (Rm 6.4ss.; Gl 2.20; 6.14; Ef 2.6; Cl 2.12,20; 3.3). Os crentes assumem a forma de Cristo e mostram em seu corpo tanto o sofrimento quanto a vida dele, e são aperfeiçoados (completados) nele. Em resumo, Cristo é tudo em todos (Rm 13.14; 2Co 4.11; Gl 4.19; Cl 1.24; 2.10; 3.11).
A eleição eterna foi consumada em Cristo, o representante e o fiador eterno do seu povo.
Mas poderíamos indagar: por que em Cristo?
A resposta é simples: porque não há nada em nós que possa se tornar agradável a Deus.
A eleição em Cristo aponta para a nossa depravação total, bem como para a perfeita suficiência nele. A eleição não ocorre fora da Pessoa de Cristo.
Aqui, vemos também a manifestação da santa justiça divina.
Nossa eleição não foi um ato isolado, caprichoso ou inconsequente; antes, foi em Cristo.
A eleição envolve a justiça dele; a sua vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás, representando assim o seu povo.
Fora de Cristo, não há salvação (At 4.12), porque, de fato, fora dele não há eleição.
Com isso em mente vamos perceber que tudo que ocorre com o Crente na história corrente, no que diz respeito a salvação, acontece por causa da eleição.
As bênçãos espirituais que recebemos em Cristo, são desencadeadas pelo poder do Espírito como resultado da eleição soberana, livre e graciosa de Deus na eternidade passada.
Cristo é o fundamento e o único meio de salvação. Fomos eleitos nele e para ele. “O Escolhido de Deus é o agente divino da escolha” (At 4.12; 2Tm 1.9; Ef 1.4–6; 1Pe 1.18–20; Ap 13.8).
Calvino conclui:
“A fonte de onde nos advêm todas as bênçãos que Deus nos concede consiste em que ele nos escolheu em Cristo”.
A maior evidência da eleição repousa em nossa comunhão com Cristo; a garantia de nossa eleição está nele; na sua obra eficaz: “Nossa verdadeira plenitude e perfeição consiste em estarmos unidos no Corpo de Cristo”.

2) A eleição é pessoal (Ef 1.4)

A eleição não é abstrata, não é apenas conceitual, é concreta e pessoal.
Falar de povo de Deus ou de igreja sem falarmos de pessoas individuais é pura abstração.
Deus, no entanto, escolheu indivíduos para constituírem o seu povo, conferindo-lhes bênçãos, arrolando seus nomes no “livro da vida”.
2 Thessalonians 2:13 NVI
13 Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade.
Hebrews 12:23 NVI
23 à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados,
Ninguém será salvo por proximidade genealógica, afetiva ou geográfica; a eleição de Deus é pessoal e intransferível, conduzindo cada eleito à transformação espiritual pelo Espírito.
Contudo, a eleição pessoal não é dispersiva; fomos predestinados para nos constituir no Corpo de Cristo, visto que fomos eleitos nele, em Cristo Jesus (Ef 1.4).
Portanto, a igreja é a comunidade daqueles que foram eleitos por Deus, tendo seus nomes escritos no livro da vida (Is 4.3; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 3.5).

3) A eleição é um ato da vontade livre e soberana de Deus (Ef 1.5,11)

Ephesians 1:5 NVI
5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade,
Ephesians 1:11 NVI
11 Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade,
Se Deus nos escolheu, como está aqui demonstrado, então nada depende de merecimento ou qualquer coisa que possamos ter para apresentar.
Mas ele agiu conforme sua espontânea vontade, nenhum outro motivo encontrando que não o seu próprio bom prazer.
Um dos aspectos fundamentais do conceito de soberania é a independência.
Quando nossa independência depende de algo alheio a nosso controle, nossa suposta capacidade de decidir livremente está ameaçada ou sofre de limitações que podem ser bastante comprometedoras.
Na realidade, somente em Deus há a autonomia total e absoluta.
Spurgeon (1834–1892) enfatiza corretamente:
“Deus é independente de tudo e de todos. Ele age de acordo com sua própria vontade. Quando ele diz: ‘Eu farei’, o que quer que diga será feito. Deus é soberano, e sua vontade, não a vontade do homem, será feita”.
Deus se apresenta nas Escrituras como de fato é, o Deus Todo-Poderoso (Onipotente), com capacidade para fazer todas as coisas conforme a sua vontade (Sl 115.3; 135.6; Is 46.10; Dn 4.35; Ef 1.11).
Entretanto, Deus também se mostra coerente com suas demais perfeições; ou seja, Deus exercita o seu poder em harmonia com todas as perfeições de sua natureza (2Tm 2.13); a sua vontade é eticamente determinada.
2 Timothy 2:13 NVI
13 se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.
O poder de Deus se harmoniza perfeitamente com a sua vontade.
Deus não tem compromissos com terceiros; em outras palavras, Deus é soberano em si mesmo, a onipotência faz parte da sua essência; por isso, para ele não há impossíveis.
Apesar de qualquer oposição, ele executa o seu plano; tudo o que ele deseja, pode realizar (Mt 19.26; Jó 23.13).
Matthew 19:26 NVI
26 Jesus olhou para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis”.
No entanto, Deus não precisa exercitar o seu poder para ser o que é.
Declarar a liberdade soberana de Deus é reconhecer que Deus é Deus, contemplando-o na real esfera de sua natureza e revelação.
Se o homem pudesse antecipar-se à graça de Deus com algo que fosse agradável a ele, a liberdade de Deus estaria condicionada ao feito humano, não haveria, portanto, na escolha divina a manifestação da sua graça soberana.
Assim, Deus nos elegeu conforme a sua sábia, amorosa e eterna vontade.
A escolha de Deus não sofre nenhum tipo de constrangimento no seu exercício.
Por isso, não podemos nem devemos tentar buscar razões para a nossa eleição fora da soberana vontade de Deus.
2 Timothy 1:9 NVI
9 que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos,
Alguém poderia perguntar:
Quais são os princípios estão implícitos na escolha feita por Deus?
“A única resposta positiva que se pode dar é que ele concede seu favor aos homens e os vincula a si mesmo, unicamente com base em sua própria decisão livre e no seu amor que independe de quaisquer circunstâncias temporais.”
Desejar ultrapassar estes limites, além de se constituir em uma atitude iníqua e estéril, significa tentar a Deus, diminuindo a sua liberdade soberana.
Calvino insiste neste ponto: procurar relacionar a nossa eleição às causas externas é tentar a Deus. A vontade de Deus deve ser suficiente para nós.
Em lugares diferentes, Calvino nos instrui:
Paulo declara que não há nenhum outro fundamento da nossa salvação que não a livre bondade de Deus, e que não devemos olhar para nenhum outro lugar buscando a razão pela qual ele escolhe uma pessoa e deixa outra.
Pois nos convém nos conservar contentes com sua absoluta vontade, propósito e decreto imutável.

4) A eleição é eterna e imutável (Ef 1.4)

Ephesians 1:4 NVI
4 Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.
Os propósitos de Deus são eternos (Ef 3.11); o seu decreto é eterno.
Ephesians 3:11 NVI
11 de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor,
Deus não está preso ao tempo, à aprendizagem e à “maturação das ideias”.
Deus é o Senhor do tempo e das circunstâncias; o tempo é onde Deus revela o seu propósito eterno.
De fato, o que é a história, senão o palco onde Deus efetiva o seu Reino?
De modo mais específico, vemos biblicamente que Deus nos escolheu na eternidade com um propósito eterno: somos filhos da eternidade, não do tempo.
Aqueles aos quais Deus escolheu em amor serão acompanhados por ele, em sua graça, fazendo-os desenvolver a sua salvação até a consumação gloriosa.
Esta boa obra, iniciada pelo Espírito em nós:
Philippians 1:6 NVI
6 Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.
Spurgeon, pregando sobre este ponto, exulta:
“Quão doce é crer que nossos nomes estavam no coração do Senhor e gravados nas mãos de Jesus muito antes que o mundo existisse! Não seria este motivo suficiente para fazer-nos transbordar de gozo e encher-nos de alegria?”.
Os eleitos sempre pertenceram a Deus. Ele os confiou ao Filho que veio morrer por eles.
Aqui, vemos que a escolha eterna de Deus antecede a fé e as boas obras: fomos escolhidos por Deus, por sua graça eterna.
A nossa salvação não depende da nossa obediência incerta; ela tem a garantia do propósito imutável de Deus que se revelará em nossa obediência; por isso, podemos ter a certeza da nossa salvação.
2 Timothy 2:19 NVI
19 Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: “O Senhor conhece quem lhe pertence” e “afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor”.
Hebrews 6:17 NVI
17 Querendo mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento,
Considerando a sábia e infalível providência de Deus, A. A. Hodge (1823–1886) conclui:
“Já que ele é um ser eterno e imutável, seu plano certamente existiu em todos os seus elementos, perfeito e imutável, desde a eternidade”.
Por fim:

5) A eleição é graciosa e incondicional (Ef 1.6–7)

A eleição é causa de nossa salvação, não o seu fruto.
Calvino considera fútil e capcioso o argumento que diz que fomos eleitos porque Deus previu que seríamos dignos.
Em outro lugar, afirma:
“Se porventura Deus escolheu uns e rejeitou outros, em consonância com sua previsão, se serão dignos ou não da salvação, então o galardão das obras já foi estabelecido, e a graça de Deus jamais reinará soberana, mas será apenas uma metade de nossa eleição”.
A eleição não é condicionada ou dependente de boas obras nossas, nem de fé ou mesmo de previsão de fé, mas sim do bom propósito de sua vontade.
2 Timothy 1:9 NVI
9 que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos,
Notemos que, se a fé e as obras são resultados da eleição, obviamente elas não podem ser a condição de nossa salvação.
Na realidade, “tanto a fé quanto as boas obras são uma resposta à graça e um dom da graça de Deus”.
“Se as pessoas foram eleitas porque Deus sabia que elas iriam crer, por que então precisavam ser eleitas?
Os que têm fé hão de ser salvos, de qualquer modo! Se a fé já existe, a eleição é desnecessária”, conclui Booth, neste caso tais pessoas mereceriam ser eleitas.
Em contrapartida, se Deus nos escolheu para sermos santos (Ef 1.4; 2Ts 2.13), é porque de fato não éramos; logo, não foi devido às nossas obras que Deus nos escolheu.
A declaração de Paulo elimina qualquer centelha de orgulho por parte do suposto eleito (1Co 1.26–31).
Vejamos o que diz Agostinho:
“A graça não teria razão de ser se os méritos a precedessem. Mas a graça é graça. Não encontrou méritos, foi a causa dos méritos. Vede, caríssimos, como o Senhor não escolhe os bons, mas escolhe para fazer bons”.
Qualquer tentativa de se encontrar um motivo em nós que “justifique” a escolha de Deus, além de limitarmos a liberdade dele, conforme vimos.
Equivale a negar os ensinamentos da Bíblia, colocando nossa salvação condicionada a algum mérito humano.
Aliás, merecimento humano e graça são conceitos excludentes.
O amor gracioso de Deus é proveniente dele mesmo sem qualquer estímulo externo que o faça surgir ou se manifestar: o seu amor é santo.
Esse amor santo trás consigo a ideia de liberdade, de pureza e independência, por isso ele é expressado na eleição graciosa e incondicional.
“Deus ama os homens porque escolheu amá-los (…) e nenhum motivo para o seu amor pode ser dado, salvo o seu soberano prazer” (Dt 7.7–8; Sl 144.3; Tt 3.3–7).
Psalm 144:3 NVI
3 Senhor, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te interesses?
Titus 3:4–5 NVI
4 Mas quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, 5 não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,
A nossa salvação, fruto da nossa eleição, é por Deus, porque é ele quem faz tudo; “por isso, o homem não pode criar a graça, antes, ela lhe é conferida, devendo ser recebida sem torná-la vã em sua vida.
2 Corinthians 6:1 NVI
1 Como cooperadores de Deus, insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus.
Calvino pergunta:
“Que outra coisa poderá Deus encontrar em nós, que o induza a amar-nos, a não ser aquilo que ele já nos deu?”.
O que ele já nos deu, foi Cristo, somos eleitos em Cristo, em Cristo somente fomos enriquecidos com todas as bençãos espirituais.
Por isso, ao conhecermos mais da doutrina da eleição em Cristo, precisamos viver a fé cristã de maneira gloriosa, alegre, vibrante e que causa impacto prático no mundo ao nosso redor.
Pois a eleição gera uma vida para a glória de Deus, em Cristo pelo poder do Espírito.
SDG